sábado, 23 de setembro de 2017

Da coluna de Magno Martins



Postado por Magno Martins



 
A nova fase da Bolsa-Família

O Governo Federal deve lançar na próxima semana um novo programa social, cujo objetivo é elevar a renda de 1 milhão de famílias para que elas possam deixar o Bolsa Família em 2 anos, segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra. Batizada de Progredir, a ação oferecerá cursos de qualificação profissional, ajudará na seleção de oportunidades de trabalho e disponibilizará R$ 3 bilhões em microcrédito para famílias de baixa renda, inscritas no Cadastro Único dos programas sociais do governo federal, explicou Terra.

“É um programa vinculado ao público do Bolsa Família, a população mais pobre do Brasil, que visa criar oportunidade de emprego e renda para essa população. Não é um programa para tirar as pessoas do Bolsa Família”, disse o ministro. Apesar disso, o ministro trata o novo programa do governo como uma “forma de emancipação” do Bolsa Família. “Ninguém pode passar fome, mas o Bolsa não deve ser um projeto de vida”, afirmou Terra ao G1.

Terra fechou detalhes do programa, ontem, em reunião com Temer, após o retorno do presidente de Nova York. Segundo ele, o programa será voltado para jovens e adultos da cidade e do campo. O universo de pessoas que poderão ser atendidas pode ir além das 13,4 milhões de famílias que recebem o Bolsa Família atualmente, já que há mais de 28,2 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único.

"Ninguém pode passar fome, mas o Bolsa não deve ser um projeto de vida. "A expectativa de Terra é lançar o Progredir na próxima semana, em cerimônia no Palácio do Planalto com Temer. A solenidade está pré-agendada para a próxima terça-feira. Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o Progredir terá ações conjuntas com outras pastas, como Educação; Trabalho; Indústria, Comércio Exterior e Serviços; e Ciência e Tecnologia, e será dividido em três eixos.

EMANCIPAÇÃO– Os beneficiários do Bolsa Família terão prioridade nas ações do Progredir, garante o secretário-executivo do MDS, Alberto Beltrame. De acordo com ele, é uma discussão corrente nas Nações Unidas (ONU) o “próximo passo” dos programas de transferência de renda. "Especialmente em momentos de crise econômica, é preciso ir além da transferência de renda pura e simples, modelo que se esgota. É preciso buscar no desenvolvimento humano, na qualificação profissional, no emprego e na geração de renda repostas para o combate à pobreza e a emancipação das pessoas”, disse o secretário-executivo.

O grito de Tavares – 
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) e da Compesa, Roberto Tavares, participou em Brasília da primeira reunião realizada pelo Ministério das Cidades com vistas a revisão do Plano Nacional de Saneamento Básico. Apesar de parabenizar a iniciativa, Tavares fez duras críticas à falta de enfrentamento aos problemas estruturais do setor de saneamento por parte do Governo Federal. Dentre os pontos abordados, Tavares destacou o cenário exageradamente otimista que foi adotado pelo plano nacional, que previu um crescimento anual do PIB de 4% anuais, quando os índices registrados foram de -3,8% e -3,6 %, nos dois últimos anos, e a falta de previsão legal para a garantia de recursos onerosos e não onerosos para investimento perene que viabilize a melhoria e a universalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Só a Prefeitura emprega– Na pacata Bom Jesus da Serra, no interior da Bahia, 9 em cada 10 trabalhadores com carteira assinada são funcionários da Prefeitura. Com renda fixa e estabilidade, eles são a pequena elite da cidade de apenas 10,5 mil habitantes. Quem não tem emprego na gestão municipal, trabalha no comércio ou tem como principal fonte de renda o Bolsa Família ou o Bolsa Safra, concedido aos agricultores que não conseguem fazer sua plantação, de feijão ou milho, vingar. O comércio é pequeno, formado por padarias, botecos, pequenas lojas de roupas e mercados. Para conseguir uns trocados, tem estabelecimento que vende até Wi-Fi: R$ 1 por 24 horas.

Tudo pela Chesf– O governador Paulo Câmara (PSB) está capitaneando uma ação contra a privatização da Eletrobrás. Câmara prepara o lançamento de uma campanha de comunicação com o mote “Não vamos ficar calados”, em que contesta a desestatização proposta por Michel Temer. O ponto central defendido por ele é a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), de grande importância para o Estado. Câmara afirma que a venda da companhia irá prejudicar os cofres pernambucanos. E que o esforço fiscal para colocar as contas do Estado em dia terá sido em vão.

Lula só pensa nele – Lula ainda mexe no tabuleiro como se acreditasse que será candidato ao Palácio do Planalto no ano que vem. No momento, ele se concentra na montagem de seus possíveis palanques. O ex-presidente já avisou a Gleisi Hoffmann que deseja vê-la candidata à reeleição ou à Câmara. Ela cogitava dedicar-se exclusivamente à presidência do PT. Outros parlamentares que planejavam voos mais tímidos também já estão sendo encorajados a sonhar grande. A estratégia revela que Lula não está preocupado com o futuro dos aliados, ameaçados de ficar desempregados em 2019. Lula pensa apenas em si próprio, como sempre.

CURTAS

FEIRA DO LIVRO– A Secretaria da Mulher de Pernambuco está presente na III Feira Nordestina do Livro (Fenelivro) que acontece até, amanhã, das 9h às 21h, no Centro de Convenções, em Olinda, com entrada franca. O estande oferece cultura e empreendedorismo. A Secretaria está disponibilizando para o público uma exposição com todo seu acervo. Para acessar as obras, basta entrar no site: www.secmulher.pe.gov.br e baixar o livro de sua preferência, gratuitamente. No estande também estão sendo comercializados livros com a temática de gênero.

DESFECHO– Está marcada para a próxima quarta-feira, em Brasília, a reunião da executiva nacional do PMDB que selará o destino do diretório pernambucano. Em pauta, a proposta da sua dissolução pedida por um aliado do senador Fernando Bezerra Coelho. O relator da matéria é o deputado Baleia Rossi (SP), que deve dar seu parecer favorável, o que, na prática, leva FBC a tomar o comando do partido no Estado do deputado Jarbas Vasconcelos.

Perguntar não ofende: A dissolução do diretório do PMDB pernambucano será por unanimidade dos integrantes da executiva nacional?

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